Na madrugada fria
As horas passam e me veem.
Os minutos ironizam o que acho importante
e traduzo emergência, mas não acontece.
Minha prece é eterna.
É atemporal: desliza no infinito
absorve-se no horizonte
até entrelaçar-se nos ares,
nas nuvens,no inverno e no verão.
Os momentos vão ficando, nos meses que se foram,
mas não ficam para trás, no esquecimento...
Comidas, me lembro bem.
Rostos, não esqueci jamais.
Frases: guardei-as todas, no pensamento.
Gestos, os decifrei como talvez ninguém o conseguiu.
Mais um dia, e as horas vem.
Elas chegam sutis, quase que imperceptíveis,
e vão tornando-se em mim
a vida que sou hoje
e que fui e que sempre serei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário