O celular-despertador despertou o homem
Mais um dia na vida diária:
O trabalho o espera
A rotina,o mundo,e seu caos pessoal de indivíduo
O aguarda o destino:
o desafio sem ritmo
que propôs a si mesmo
Mas o descompasso da vida
desconhece qualquer cotidiano
Ínfimo que não possa ser mudado...
O improviso chegou junto com
o imprevisível imprevisto,
e o equívoco hipotético
se apresentou uma inequívoca verdade
E,na euforia de falar de amor
Sem perceber-se, promulgou o direito à própria dor...
Que não tinha,antes,revelado a ninguém,
pois o homem é egoísta
demais para reconhecer-se
dependente das emoções distintas
essenciais e complexas
dos sentimentos humanos
Dilascera,mas não confessa
que se esvai...
Ah,o homem...
Passaram-se as horas do dia
A campainha tocou
(seu alarme interior,a companhia real de seu mundo absurdo)
despertou o homem
como que a dizer-lhe baixinho,suavemente,
mas com total poder de persuasão:
"É hora de voltar para casa."
...O sonho continuará amanhã...
Outra manhã,e talvez
nestas mesmas horas
prossiga a esperança,
que é uma promessa
por demais longínqua
(mas não de todo impossível)
De que até a mais improvável
Possibilidade de sonho(tudo de novo)
Faça o real acontecer de fato
Chegar mais próximo do homem
Tudo de novo
E talvez em um novo amanhã
Tudo possa deixar de ser somente sonho...
Tá na hora de acordar!
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