A vida é uma longa espera.
Uma espera nova,a cada novo segundo,em cada novo minuto de um tempo que ainda não chegou,e que,mesmo quando vier,ainda será: espera...
Espera para um tempo de frustrações menos tardias,de realizações mais reais do que simplesmente possam aparentar ser,e que a bem da verdade são surreais,muito além do que gostaríamos que fossem...
Esperança também pode ser traduzida como espera...Mas é mais lúdica e lírica,e menos comum,como a espera o é,no dia a dia tão complexo(e no entanto fugaz e efêmero)dos mortais. A esperança é a prima nobre da espera,pois ainda que sufocada,suporta com estranha sutileza o próprio fardo,enquanto a espera grita,esbaforida (e desesperada em seu particular silêncio de espera)a sua dor sem fim...
A vida é a espera por uma época melhor,que se confunde com a esperança de um amanhecer tão diferente quanto alguém sequer ousou,um dia,imaginar que poderia existir...E,nesta nostalgia de sensibilidade(ou pieguice admitida e declarada)e confiança naquilo que não é palpável,nem tangível,o coração vai seguindo o próprio curso:o de esperar que,em uma nova manhã,tudo possa deixar de ser espera,para se tornar realidade concreta de sonho,que de tão sonhado,virou verdade na gente...