O que nos faz reféns de nós mesmos,diante do imprevisto,
e nos faz deliberarmos os próprios conceitos,
sugerindo inconscientemente as impossibilidades?
O que retem o coração para ser tão covarde
O que absorve a coragem
a ponto de sugar por completo,no ser,
o que ele tem de mais precioso,
o sentimento?
O que nos faz fugir do que,obviamente nos espera
O que é tão temível,que não seja o imaginado
se,antes,nos prepara para sermos incompletos?
E,se nos faz mais resignadamente ainda,resolutos
em desistir de continuar,
mas(já o sabemos)mesmo assim,
não nos impede de prosseguir?
Mas,e se de tudo o que foi dito,
diagnosticado,prognosticado e definido,
restarem somente as palavras apenas teóticas e sem sentido?
O que conseguírá despedaçar o que já foi partido
O que realizará tamanha proeza de separar em múltiplos
Aquilo que,em unidade foi ligado invencível?
O que preserva,o que restaura,
o que defende,o que protege os homens de si mesmos?
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