Confronto
Quantas vezes quis eu
Perturbar o teu silêncio absoluto
Confundir um pouco
Toda esta coerência e sensatez
Que te mantêm
Confortável e seguro...
Minhas tentativas não passaram
De experiências frustradas
E, derrotada por minha
Própria impertinência,
Arrependia-me,
Antes mesmo de tentar
Cheguei a ponto de acumular
Meu absurdo,
Meu ridículo,
Minha falta de coragem,
Minha (des) esperança de enfrentar-te...
Quantas vezes é preciso
O confronto de si mesmo
E o conflito é tão terrível
Quanto temível é,também,
A dor de continuar a esmo...
Quantas vezes quis eu,
Tantas coisas na vida
Mas,mudei de ideia
Mudei de prosa,
Verso e poesia,
Rima que não combina com o poeta...
E, a cada novo
Suspiro,
Instante,
Fração mínima de tempo,
Segundo,
Minuto,
Momento,
Hora,
Dia,
Noite,
Mês,
Ano...
Vou vivendo, respirando
E mesmo suspirando
Continuarei vivendo, respirando e sonhando
Que um dia vou admitir
Meu próprio confronto...
E não mais aquilo ao qual lamento.
3 comentários:
Como em uma tela que retrata a alma do pintor, seus pensamentos, inquietudes e visão de si mesmo e do outro...assim querida escritora são tuas palavras neste poema...tão inquietante!!!
Do teu quase acróstico... alucinante e cheio de melancolias se percebe em tuas linhas um amor ardente!!!
lamentar para que, se o viver é mais impotante,sonhar faz parte e reaalizar tbm,entao o que nos parece absurdo em alguns momento é tao mágico. e se vai com o tempo, entao não perca tempo sonhando, realize, e viva o momento,sonhei e concertize.No Jogo da Horas é nos que perdemos a cada segundo celulas da nossa existencia.
lamentar para que, se o viver é mais impotante,sonhar faz parte e reaalizar tbm,entao o que nos parece absurdo em alguns momento é tao mágico. e se vai com o tempo, entao não perca tempo sonhando, realize, e viva o momento,sonhei e concertize.No Jogo da Horas é nos que perdemos a cada segundo celulas da nossa existencia.
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